Tudo sobre CASTRAÇÃO: mitos, verdades, benefícios, pré-opératório, dia da cirurgia e pós-operatório

     Oi! Hoje vou falar sobre CASTRAÇÃO, um assunto muito polêmico em certos casos.

Informações gerais sobre castração

➜ Definição

• O que é castração?

Consiste em uma cirurgia feita em cães e gatos de qualquer sexo para impedir que se reproduzam.

• Como funciona a castração?

A cirurgia é feita com anestesia geral. É uma cirurgia simples que deve ser feita apenas por médicos especializados. Não precisaremos ficar internados, e em cerca de uma semana já estaremos recuperados.
Fêmeas: retira-se o útero, trompas e ovário
Machos: retiram-se os testículos

➜ MITOS sobre a castração

• "O macho castrado não tem interesse pela fêmea"

Muitos de nós (machos) continuam a ter interesse por fêmeas, mas que se comparado ao de cães não castrados é menor.
Se há uma fêmea em casa, podemos de qualquer maneira "acasalar" com ela, pois não haverá fecundação.

• "Deve-se castrar a fêmea depois de dar cria"

Ao contrário do que muitos pensam, fêmeas não sofrem com problemas psicológicos por não terem tido filhotes durante a vida, algo que geralmente acontece com os humanos.

• "Arrumarei um lar para todos os filhotes"

É sempre bom lembrar que uma fêmea pode gerar váarios filhotes. Se o cachorro for pequeno, provavelmente será mais fácil achar um lar para todos, algo que não acontece com cães de grande porte, por ocuparem mais espaço e terem custos mais altos com comida.
Pra que deixar mais cães nascerem se nao há lar para todos os que já existem?

• "Ele não tomará mais conta da casa"

Quando somos castrados ainda ficamos com o instinto de proteção (algo comum na raça do Lhasa Apso).

• "A castração vai deixa-lo gordo"

A castração pode causar o aumento do apetite, mas se o consumo de alimentos for controlado não ocorrerão problemas de excesso de gordura. Tudo é questão de bom-senso do dono! Se for de nossa vontade, comemos 1 kg de ração por dia, sejamos nós castrados ou não castrados.

➜ VERDADES sobre a castração

• O macho castrado pára de fazer xixi pela casa

Uma das características dos machos é a marcação de território com a urina. Se formos castrados antes de 1 ano de idade, não marcaremos território durante a fase adulta. Castrar-nos é uma das melhores alternativas quando insistimos em marcar território pela casa.

• A castração evita câncer na fêmea

As fêmeas castradas antes de 1 ano de idade têm pouca chance de desenvolverem câncer de mama na vida adulta, se comparadas às não castradas. A possibilidade de câncer de mama é praticamente zero quando a fêmea é castrada antes do primeiro cio.

 

Benefícios da castração

➜ Para os MACHOS

• Evita fugas

Minha vovó me contou que já teve um cachorro chamado Raul que sempre fugia de casa na época em que as cadelas entram no cio. Saia e voltava uns 3 dias depois. Ele deve ter tido uns 20 filhos!
Fugas são indesejáveis para qualquer dono. Assim como existem aqueles como o Raul que sabem o caminho de casa, têm aqueles que não sabem nem atravessar a rua sem estar na guia. Podemos fugir de casa à procura de fêmeas e nunca mais voltar.

• Controla a população de cães

A superpopulação de cães é um problema grave hoje no Brasil. Muitos cachorros não castrados que foram abandonadas na rua acabam cruzando com uma cadela, aumentando cada vez mais o número de cães que moram na rua. Um simples cálculo pode te mostrar de forma concreta o tamanho do problema: 1 cadela dá cria à 5 fêmeas. Dessas 5 fêmeas, cada uma tem 6 filhotes, resultando em 30 novos cães (5 x 6 = 30). Desses 30, 15 são fêmeas. Cada uma dessas 15 dão à luz a mais 8 filhotes, resultando em 120 cachorros. Desses 120 cães, 80 sao fêmeas. Cada uma dessas 80 dão à luz a 7 filhotes, resultando em 560 filhotes. Tudo isso pode ocorrer em apenas 2 anos!

• Evita a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis

Eu sou um cachorro que tem epilepsia (convulsão), que é uma doença genéticamente transmissível. Minha mãe tem esse problema e passou para mim e para meus irmãos quando nascemos. Cães especiais necessitam de cuidados especiais, logo quem arca com os custos de cuidar de um cachorro com problemas do gênero é sempre o dono. Não são todas as pessoas que estão dispostas à gastar com remédios e consultas frequentes no veterinário, algo que dificulta mais ainda o encontro de lares.

• Evita demarcação do território (xixi fora do lugar)

Demarcação de território é algo muito comum para nós, machos. Sabemos onde devemos fazer xixi, mas seguimos nosso instinto e fazemos fora do lugar. Ruim para os donos que precisam ficar limpando a casa o dia todo! Esse problema pode se resolver facilmente com a castração.

➜ Para as FÊMEAS

• Evita acasalamentos indesejáveis quando se tem um casal de cães

Ter mais de 1 cachorro é atualmente muito comum. A maioria das pessoas que têm um casal de cães sofrem com esse tipo de problema. Não dá pra nos ter nos olhos o tempo todo, então acidentes acontecem.

• Evita câncer de mama na durante fase adulta

Não é algo muito comum de se ocorrer, mas evitar é sempre bom. A castração das fêmeas é o método mais eficaz para evitar esse tipo de problema.

• Evita cios

Para a maioria dos donos, os cios são sempre indesejáveis. Em alguns casos o uso de calcinhas são necessários, sem falar do cheiro e do sangue!

• Controla a população de cães

A superpopulação de cães é um problema grave hoje no Brasil. Muitas cadelas não castradas que foram abandonadas na rua acabam dando cria, aumentando cada vez mais o número de cães que moram na rua. Um simples cálculo pode te mostrar de forma concreta o tamanho do problema: 1 cadela dá cria à 5 fêmeas. Dessas 5 fêmeas, cada uma tem 6 filhotes, resultando em 30 novos cães (5 x 6 = 30). Desses 30, 15 são fêmeas. Cada uma dessas 15 dão à luz a mais 8 filhotes, resultando em 120 cachorros. Desses 120 cães, 80 sao fêmeas. Cada uma dessas 80 dão à luz a 7 filhotes, resultando em 560 filhotes. Tudo isso pode ocorrer em apenas 2 anos!

• Evita a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis

Eu sou um cachorro que tem epilepsia (convulsão), que é uma doença genéticamente transmissível. Minha mãe tem esse problema e passou para mim e para meus irmãos quando nascemos. Cães especiais necessitam de cuidados especiais, logo quem arca com os custos de cuidar de um cachorro com problemas do gênero é sempre o dono. Não são todas as pessoas que estão dispostas à gastar com remédios e consultas frequentes no veterinário, algo que dificulta mais ainda o encontro de lares.

• Elimina a perda de sangue no período de cio, assim como as desagradáveis reuniões de machos na porta da casa

Isso eu sei por experiência da minha irmã! Quando ela fica no cio, todos os inimigos ficam aqui na frente de casa. Lato o diiia todo, não posso nem sair lá fora pra fazer xixi senão eles já começam a brigar comigo. Também não gosto de quando minha irmã Biba entra no cio porque não podemos ficar no mesmo cômodo sem supervisão de alguém, afinal é meu instinto querer cruzar com ela, mesmo que seja minha irmã.

 

Pré-cirurgia, o dia da cirurgia e o pós-operatório da castração

➜ Pré-cirurgia

O veterinário pode recomendar uma avaliação antes de nos castrar. A avaliação pré-cirúrgica pode incluir um exame físico para garantir que estamos bem o suficiente para fazer a cirurgia. Os exames checam uma série de doenças como infecção, anemia, açúcar baixo, coagulação inadequada, doenças nos rins e fígado.
Se já possuirmos alguma doença, o veterinário pode recomendar mais exames para determinar se há alguma precaução a mais e se a cirurgia pode ser feita.

➜ Dia da cirurgia

• No dia anterior

Para reduzir o risco de vômito durante a cirurgia, é recomendado irmos de estômago vazio antes de passar pela anestesia. O veterinário provavelmente pedirá que remova a comida e água na noite anterior. Se acontecer de comermos ou bebermos algo no dia da cirurgia, avise o veterinário, já que o reagendamento da cirurgia pode ser recomendado. Se precisamos algum medicamento, pergunte ao veterinário o que fazer no dia da cirurgia. Você pode ser aconselhado a diminuir a dosagem ou segurá-lo.

• Sobre anestesia

Antes da cirurgia começar,iremos receber uma anestesia. Ela nos mantém parados, dormindo, e completamente sem dor durante a operação. Há muitos tipos de anestesia; o veterinário vai escolher qual é a melhor para o seu cachorro. Alguns tipos são através de injeção e outros são em forma de gás. Durante a anestesia, um pequeno tubo de plástico é inserido no canal respiratório para nos auxiliar a respirar. O tubo é conectado à máquina de gás de anestesia com  o intuito de dar um fluxo constante de gas anestésico e oxigênio. Durante esse tempo, o time veterinário poderá conectar equipamentos de monitoramento para acompanhar o ritmo cardíaco, respiração e o uso do oxigênio durante a anestesia.

• Durante a cirurgia

Quando estivermos já dormindo, o local da cirurgia é raspado e limpo com uma solução germicida.  A área é então drapeada com material estéril que ajuda a manter a área limpa. O veterinário e assistente se preparam para a cirurgia lavando repetidamente as mãos com sabão germicida, e então colocando roupas estéreis, máscaras e luvas. Manter o ambiente estéril ajuda a prevenir contra infecções.

• Depois da cirurgia

Quando a cirurgia acaba, a área cirúrgica é limpa, e o paciente pode acordar da anestesia. Nesse período, ele será monitorado em uma área de recuperação até que acorde completamente e esteja estável o suficiente para ir para casa. Um medicamento de dor adicional é dado. Alguns hospitais escolhem por manter o pet por mais um dia em observação por precaução.

➜ Pós-operatório

Até a operação mais bem sucedida por ter complicações se o período do pós-operatório não é respeitado e lidado de forma inadequada. O veterinário deverá lhe dar instruções para o cuidado nessa fase, porém aqui também temos algumas dicas:

• Comida e água

Você pode estar tentado a nos dar uma refeição grande, mas não o faça! Quantidades menores são recomendados nos primeiros dias.

• Pontos

Podemos ter pontos fora da pele, porém alguns veterinários podem escolher deixar os pontos embaixo da pele ou usar cola cirúrgica. Alguns materiais para sutura dissolvem e não precisam de remoção, enquanto outros precisão ser removidos (de 7 a 14 dias). Mesmo que os pontos não estejam aparentes, cheque a incisão para inchaço, sangramento ou machucados e avise o veterinário caso haja algum evento anormal.

• Protegendo a incisão

Não podemos lamber ou morder a área da incisão. Isso pode abrir a incisão e causar uma séria infecção. O veterinário pode indicar que o cachorro use um colar Elizabethano (cone de plástico) ou uma batinha de pano que é fechada na área da incisão para evitar o contato.

• Medicação

Não esqueça de dar a medicação seguindo as instruções do veterinário. Se vomitarmos após receber a medicação, ligue para o veterinário.

• Restrições de atividade

Correr, pular ou usar as escadas devem ser evitados o máximo possível por aproximadamente 7 a 10 dias depois da cirurgia. Atividades em excesso podem causar dor, sangramento, inchaço e uma série de complicações. Mesmo aparentando estarmos  completamente recuperados, siga as instruções do veterinário para evitar problemas maiores.

Comente aqui em baixo se seu cachorro (a) é castrado e o que mudou depois da cirurgia!

fontes: http://portaldodog.com.br/cachorros/saude/castracao-pre-cirurgico-dia-da-cirurgia-e-pos-operatorio/ e http://www.uniaozoofila.org/index.php%3Foption%3Dcom_content%26view%3Darticle%26id%3D22:beneficios-da-castracao--esterilizacao-do-seu-cao%26catid%3D4:guia-de-adopcao-de-caes%26Itemid%3D36